quinta-feira, 28 de maio de 2009
Distante
Longe, mais longe, distante da realidade de existir.
Perdido entre o nada e o aparente, entre o ser e o querer.
No ato mais sensível de buscar imaginar.
Desejando o improvável sentido de um dia se libertar.
Na vontade de ir caminhando, perseguindo até o nada.
O sonho de um mundo melhor contrapondo o medo.
Assim vai tentando esquivar-se do real.
Mas, ainda está distante, tão longe que parece incansável.
No marco que distingue os dois momentos da vida: a consciência da existência e a certeza da morte.
No tempo que vai se acabando nos segundos da demência.
Confundindo os pensamentos de lugar, tempo e espaço.
E se fica na espera que o distante leve a alguma circunstância.
Senão o distante estará sempre lá na interminável peregrinação da vida.
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